Líder indígena é preso pela PF por liberar garimpo em troca de ouro

Durante a investigação, também foi descoberto a atuação de um servidor da Funai, que passava as informações sobre operações policiais aos garimpeiros

Ferreira Gabriel

Publicado em: 30/03/2022 às 10:28 | Atualizado em: 30/03/2022 às 10:28

Servidor da Fundação Nacional do Índio e uma liderança indígena, que não tiveram a identidade divulgada, foram presos nesta segunda-feira (28), pela Polícia Federal, durante a Operação Onipresente. A ação foi deflagrada para combater crimes ambientais em terras indígenas de Mato Grosso. O cacique recebia 20% do ouro extraído no local em troca de ‘liberar’ as atividades na área. 

De acordo com as informações da assessoria da PF, o objetivo também era reprimir a extração ilegal de madeira e a atividade de garimpos clandestinos. Por isso, as equipes junto com o Ibama passaram duas semanas na operação, que contou com 12 policiais, 4 fiscais e 2 helicópteros.

Os 21 pontos escolhidos para a atuação das forças foram monitorados por satélite, por meio do sistema Planet, que é capaz de detectar situações de desmatamento em áreas tão pequenas quanto o quintal de uma casa.

Sendo assim, os locais foram: Terra Indígena Aripuanã localizada entre os municípios de Juína/MT e Aripuanã/MT (etnia Cinta Larga); Terra Indígena Menkü no município de Brasnorte (etnia Menķü) e no Parque Nacional  do Xingu em Feliz Natal/MT (etnia Ikpeng).

Diligências

Durante a investigação, foi descoberto a atuação de um servidor da Funai, que passava as informações sobre operações policiais aos garimpeiros.

Em paralelo, toda a atividade ilegal era realizada com autorização da liderança indígena, que recebia dinheiro dos madeireiros e garimpeiros.

A ‘dica’, ajudava os criminosos escaparem das repressões. Ele foi preso logo no começo da investigação, junto com uma liderança indígena, que recebia 20% do outro extraído da área protegida. Foi encontrada ainda uma tabela de preço pago aos índios.

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Foto: Divulgação