A cor esverdeada do rio Madeira, em Porto Velho, reapareceu devido à seca extrema, revelando um fenômeno natural que ocorre quando o nível da água diminui.
Nesta semana, o rio registrou o menor nível da história, com apenas 25 centímetros, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil. Segundo Daniely Sant’Anna, coordenadora de Recursos Hídricos da Sedam, a cor amarronzada observada em períodos de cheia é causada pelos sedimentos transportados pelos afluentes.
Porém, com a baixa no nível da água, esses sedimentos se acumulam no fundo do rio, tornando visível a coloração verde, resultado da presença de algas alimentadas por esgoto e fertilizantes.
A seca deste ano tem sido particularmente severa em Rondônia, afetando tanto o ecossistema quanto as comunidades ribeirinhas.
Pescadores, como André Pinto, relatam dificuldades em encontrar peixes, já que trechos navegáveis foram substituídos por bancos de areia.
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Além do rio Madeira, outros rios do estado, como o Machado e o Mamoré, também apresentam níveis historicamente baixos, agravando a situação.
Usinas hidrelétricas, como Santo Antônio e Jirau, também influenciam o comportamento do rio, alterando a velocidade da correnteza e intensificando a sedimentação.
Esse cenário reflete a maior seca registrada na região, impactando diretamente a vida das comunidades locais e a biodiversidade aquática.
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Foto: reprodução