Maior pesquisa sobre covid-19 volta a Manaus, Tefé, Lábrea e Parintins

Na sua quarta etapa, a Epicovid19-BR, considerada a maior pesquisa do mundo sobre a doença, voltará a realizar entrevistas e testes rápidos em Manaus, Tefé, Lábrea e Parintins.

Os pesquisadores do Ibope estarão em 133 cidades distribuídas entre todos os estados entre os dias 20 e 23 deste mês.

Segundo o reitor da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), Pedro Hallal (foto), que coordena o estudo, a pesquisa será fundamental para prevenir mais mortes por causa da doença.

“Os números de casos de infecção, internações e mortes por coronavírus se mantêm altos dia após dia no Brasil. Neste momento, precisamos das melhores evidências para embasar ações, preservar a saúde e prevenir mortes evitáveis de brasileiros”, afirmou o epidemiologista.

As três primeiras etapas foram feitas em parceria com o Ministério da Saúde que não renovou o contrato.

A continuidade do estudo só foi possível por causa de investimento do programa Todos pela Saúde, fundo criado pelo Itaú Unibanco para apoiar o enfrentamento da covid-19 no Brasil.

A primeira fase foi realizada entre 14 e 21 de maio (25.025 entrevistas e testes), a segunda entre 04 e 07 de junho (31.165), e a terceira entre 21 e 24 de junho (33.207).

Os dados inéditos permitiram conhecer o comportamento do vírus no Brasil. No Amazonas, por exemplo, o percentual da população com anticorpos era superior a 6,3%, subiu na segunda etapa para 9% e na terceira caiu para 8%.

Naquele período, a pesquisa já indicava na região estados com estabilidades no número de casos.

“Mostramos que os pobres e os indígenas são os grupos mais vulneráveis, que requerem ainda mais atenção de políticas de saúde pública”, lembrou Pedro Hallal.

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Metodologia

De acordo com a coordenação da pesquisa, o estudo inclui a cidade mais populosa de cada uma das 133 regiões intermediárias do país, que são divisões do território nacional definidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A seleção das residências e das pessoas que serão entrevistadas e testadas ocorre por meio de um sorteio aleatório, utilizando os setores censitários do IBGE como base.

Durante a visita, os pesquisadores coletam uma gota de sangue da ponta do dedo do participante, que será analisada pelo aparelho de teste em aproximadamente 15 minutos.

Em caso de resultado positivo, os profissionais comunicam a Vigilância Epidemiológica local.

Foto: Divulgação