MamirauĂ¡ ganha primeira torre da AmazĂ´nia para medir gases do efeito estufa
Parceria de universidades com o instituto MamirauĂ¡ resultou na aĂ§Ă£o pioneira.

Publicado em: 21/12/2024 Ă s 21:20 | Atualizado em: 21/12/2024 Ă s 21:30
A Reserva MamirauĂ¡, um dos maiores refĂºgios de biodiversidade da AmazĂ´nia, agora conta com uma estrutura inĂ©dita: a Torre de Fluxo do MamirauĂ¡. Com 48 metros de altura, ela se destaca acima da copa das Ă¡rvores e serĂ¡ usada para monitorar a emissĂ£o de gases de efeito estufa, como o metano, nas florestas de vĂ¡rzea.
Essa construĂ§Ă£o faz parte de uma iniciativa de grande impacto ambiental, realizada por uma parceria entre o Instituto MamirauĂ¡, a Stanford University e a Universidade Federal de Santa Maria.
O projeto surge da necessidade urgente de entender a dinĂ¢mica dos gases de efeito estufa, especialmente em Ă¡reas tropicais. Embora essas regiões sejam responsĂ¡veis por grande parte das emissões globais, o monitoramento adequado ainda seja insuficiente.
AtĂ© agora, as florestas de vĂ¡rzea da AmazĂ´nia nunca contaram com um sistema de medições como esse. Com sensores capazes de medir metano, gĂ¡s carbĂ´nico e vapor dâ€™Ă¡gua, a torre permitirĂ¡, pela primeira vez, a mediĂ§Ă£o contĂnua desses gases nessas florestas.
Financiado pela FundaĂ§Ă£o Gordon & Betty Moore, o projeto visa fornecer dados essenciais sobre o papel da AmazĂ´nia nas mudanças climĂ¡ticas. AlĂ©m disso, integrarĂ£o a torre Ă Rede FLUXNET-CH4 e ao programa LBA do INPA, expandindo a rede global de monitoramento de emissões de gases.
Ademais, ele inclui a participaĂ§Ă£o ativa das comunidades locais, como a de SĂ£o Raimundo do JarauĂ¡. Dessa forma, proporciona tanto educaĂ§Ă£o ambiental quanto geraĂ§Ă£o de renda.
Com isso, o projeto marca um avanço significativo no conhecimento sobre as florestas de vĂ¡rzea e oferece dados cruciais para polĂticas de mitigaĂ§Ă£o climĂ¡tica e gestĂ£o sustentĂ¡vel da AmazĂ´nia.
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Veja mais detalhes no Instituto MamirauĂ¡.
Foto: Miguel Monteiro/Instituto MamirauĂ¡