Manaus: médico é achado em cativeiro antes do pagamento de sequestro

Ele estava vendado e amordaçado na Compensa. Porteiro de hospital deu informações para o sequestro

14/09/2023 15:42

Sequestrado na terça-feira (12), o médico oncologista Fábio Medeiros, foi encontrado em cativeiro antes do pagamento do sequestro. Ele foi resgatado de uma casa de madeira, em um rip-rap na Compensa. Fábio Medeiros estavam amarrado e com os olhos vendados.

Segundo as informações da polícia, os criminosos ainda chegaram a pedir R$ 150 mil pelo resgate, porém, o resgate foi feito antes que a família da vítima fizesse a transferência.

De acordo com as investigações, o responsável por passar as informações para o grupo de sequestro, é Odenir Pinheiro de Oliveira, 41,.

Ele trabalhava como porteiro da unidade hospitalar em que o médico atuava. Odenir foi preso, na quarta-feira (13).

A polícia informou que o porteiro estava devendo um agiota do bairro da Compensa e indicou o médico para que os criminosos fizessem o roubo.

Além do porteiro, Rodrigo de Carvalho de Souza, conhecido como “Alma”, 29; Thalys Gabriel da Costa Gama, 21; e Daniel Alves Monteiro, 19, também foram presos por envolvimento no crime. “Alma” foi apontado como líder do grupo criminoso que atuou diretamente na ação.

De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o porteiro Odenir estava devendo uma quantia no valor de R$ 7 mil para um agiota que atua em uma organização criminosa no bairro da Compensa.

“Ele [Odenir] foi abordado por um ‘soldado’ que é como eles chamam os integrantes da facção. Esse ‘soldado’ pediu que o porteiro indicasse uma pessoa para que eles pudessem praticar o roubo do dinheiro. O Odenir então acabou indicando o médico”, explicou o delegado.

Ainda segundo o titular da DEHS, “Alma” já praticou outros sequestros e possui um mandado de prisão por homicídio. Os demais suspeitos só deram apoio operacional no sequestro.

O médico foi sequestrado no momento em que saia de um plantão noturno em unidade hospitalar no Parque Dez de Novembro. O caso foi registrado por câmeras de vigilância do local.