Manaus Previdência cria mais rigor para credenciar parceiros

Israel Conte

Publicado em: 10/05/2018 às 14:27 | Atualizado em: 10/05/2018 às 14:29

Responsável por assegurar o pagamento de aposentadorias e pensões de 6.781 segurados, a Manaus Previdência criou mais rigor para credenciar gestoras, administradoras e instituições financeiras interessadas em administrar seus fundos de investimentos.

Agora, os gestores terão que comprovar que geram, pelo menos, R$ 6 bilhões em recursos de terceiros no País, e os administradores, R$ 3 bilhões. Já as instituições financeiras precisam atender a requisitos mais rigorosos para se cadastrarem.

A novidade foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de quarta-feira, dia 9.

A medida visa proteger ainda mais os recursos da previdência municipal, impedindo que instituições de pequeno porte e não saudáveis se credenciem junto à instituição.

“Estamos aprimorando cada vez mais a seleção das empresas que trabalham gerenciando os recursos da previdência, a fim de evitarmos problemas que aconteceram há mais de seis anos, quando nossos investimentos chegaram a ter 52% da carteira comprometidos com aplicações em fundos problemáticos”, explica o diretor-presidente da autarquia previdenciária, Silvino Vieira.

Patamar

Os novos valores para o credenciamento, conforme Vieira, estão no patamar dos grandes Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) do País e passaram por análises no Comitê de Investimentos (Cominv) até chegar ao formato atual. No edital anterior, não havia exigência de valor mínimo administrado pelos gestores e administradores e nem credenciamento para as instituições financeiras.

A Manaus Previdência trabalha, atualmente, com 15 administradores, 19 gestores e sete instituições financeiras que, juntos, administram 50 fundos, além de títulos públicos federais administrados pela própria previdência. O órgão fechou o trimestre com R$ 955,3 milhões na carteira de investimentos.

A meta para o próximo edital, adianta, é a de que seja incluída a possibilidade de credenciamento dos distribuidores de valores mobiliários, que atuam na intermediação entre investidores e as instituições financeiras e administradoras de recursos de terceiros. “Assim, contemplaríamos todos os ramos de administradores de carteira, conforme prevê a legislação da área, aumentando a segurança dos investimentos”, justifica Castro.

 

Foto: Divulgação/Semcom