Massacre de RR é questão ‘interna corporis’ do PCC, diz ministro

Publicado em: 06/01/2017 às 12:13 | Atualizado em: 06/01/2017 às 12:13
Tal como ocorreu no massacre de Manaus, quando foi enviado pelo governo federal para uma visita sem nenhum resultado prático, o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, disse que vai hoje, dia 6, a Boa Vista, a capital de Roraima.
A presença do ministro no Amazonas foi bastante criticada pela imprensa por não ter levado nenhuma ajuda prática para a crise prisional que se instalou no sistema.
Sua declaração sobre o massacre de 33 presos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, capital de Roraima, deve também receber críticas.
Moraes tentou minimizar a questão dizendo que o massacre é apenas um acerto de contas interno da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC.
Para o ministro, o novo massacre não é vingança do PCC contra o grupo criminoso rival Família do Norte (FDN) pela carnificina que assumiu ter feito no último dia 1º.
Ele não leva em conta a carta atribuída ao PCC que foi divulgada nesta quinta, e que está sendo investigada pelo sistema de segurança pública de São Paulo.
“Segundo dados que me foram passados, desde as últimas rebeliões [no presídio de Roraima] houve a separação das facções nesse presídio. Todos [os mortos naquele presídio] eram ligados à mesma facção, que é o PCC. Dos 33 mortos, três eram estupradores e os demais eram rivais internos que haviam traído os demais. Então, na linguagem popular, trata-se de um acerto de contas interno”, disse Moraes.
Ele acrescentou ainda, assim como no caso de Manaus, que a situação “está sob controle”.
Admitiu que há “um grande erro” dos governos em apenas do problema, se referindo a mortes e rebeliões.
Com informações da Agência Brasil.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil