MEC descartará 2,9 milhões de livros didáticos que não chegaram às escolas
Levantamento preliminar do estoque feito em dezembro apontou que a reserva tinha 4,2 milhões de exemplares, sendo que 2,9 milhões “venceram” entre 2005 e 2019.

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 11/01/2020 às 13:30 | Atualizado em: 11/01/2020 às 13:30
Quase 3 milhões de livros didáticos, que custaram R$ 20 milhões, não foram distribuídos às escolas públicas desde 2005 e agora serão descartados pelo Ministério da Educação (MEC) por estarem desatualizados. O material está armazenado num depósito em Cajamar (SP).
O descarte será feito pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC). A publicação é do Correio do Povo, citando o Estadão.
O processo para “desfazimento dos livros inservíveis” começou no fim de 2019, quando a área de logística e distribuição do FNDE alertou, em documento, para a necessidade de reduzir o estoque armazenado em depósito alugado dos Correios, em Cajamar.
O documento, obtido com exclusividade pela reportagem, aponta que o total de exemplares no local não é nem mesmo conhecido pelo órgão, por isso, indica a necessidade de se montar uma comissão para levantar o número de livros e sua “validade”.
Levantamento preliminar do estoque feito em dezembro apontou que a reserva técnica tinha 4,2 milhões de livros didáticos, sendo que 2,9 milhões “venceram” entre 2005 e 2019.
Há ainda uma quantidade desconhecida de exemplares, que chegaram a ser entregues nas escolas antes de 2012, e depois foram levados ao local.
Contando só os 2,9 milhões de livros nunca usados, o gasto estimado é de mais de R$ 20,3 milhões – em média, a compra de cada unidade custa R$ 7.
Foto: Reprodução/Blog da Cidadania