Tragédia no Amazonas: craque dos transplantes, médico deixa legado

O médico Roland Montenegro Costa, um cirurgião respeitado no Brasil e reconhecido internacionalmente, deixou um legado de gentileza, educação, amor ao próximo, profissionalismo e competência.

Sua partida prematura, vítima do acidente de avião em Barcelos, no Amazonas, deixou colegas e pacientes com um sentimento de perda irreparável.

Pioneiro em transplantes em Brasília e aposentado do Hospital de Base de capital federal, o “Dr. Roland” tornou-se renomado por suas inovações no tratamento de pacientes com tumores no fígado e no pâncreas.

Ao longo de seus 45 anos de carreira, ele também atuou em consultório particular e em outros hospitais da capital federal.

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Sua habilidade e talento na área médica resultaram em uma técnica pioneira para cirurgias no pâncreas, que leva seu nome.

A técnica de anastomose pancreato gástrica de Montenegro, desenvolvida em 2005 e apresentada no Congresso Europeu da Sociedade Internacional de Cirurgia Hepato-Pancreatobiliar, na Alemanha, revolucionou a reconstrução do pâncreas após a remoção de tumores.

Antes de sua técnica, cerca de 25% dos pacientes enfrentavam complicações nesse procedimento. No entanto, com a inovação de Roland, essa estatística diminuiu drasticamente, atingindo cerca de 5% de complicações.

O médico também era conhecido por aceitar desafios aparentemente impossíveis.

Em 2006, ele realizou uma cirurgia incomum para remover um tumor no fígado de uma paciente que havia sido desenganada por outros médicos.

Sua destreza e paixão pela medicina eram notáveis, e ele era um dos primeiros cirurgiões do Brasil a buscar especialização em transplantes no exterior.

Para seus pacientes, Roland Montenegro não era apenas um médico, mas também um amigo. Sua dedicação e habilidades únicas fizeram com que ele fosse amplamente recomendado, e muitos acreditavam que ele era o melhor em sua área.

Ele confortava e tranquilizava seus pacientes, compartilhando histórias e experiências da medicina. Seu amor pela profissão e pelo próximo era evidente em seu cuidado e atenção.

A perda de Roland Montenegro Costa é profundamente sentida pela comunidade médica e por todos aqueles que tiveram a honra de conhecê-lo. Sua memória perdurará como um exemplo de excelência médica, dedicação e compaixão.

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Foto: reprodução