Mesmo com chuva, afluente do rio Juruá está morto, dizem indígenas
Moradores dessa região na Amazônia revelam que situação é alarmante

Publicado em: 10/06/2024 às 23:36 | Atualizado em: 11/06/2024 às 00:11
O líder indígena Flávio Haru relatou que a situação do rio Tejo, um dos afluentes do Juruá, na região do município de Marechal Thaumaturgo, no Acre, é crítica e o manancial está “quase morto”.
“Do jeito que já está nesta época do ano, vai apartar. Pode-se dizer que o Rio Tejo está morto”, disse Flávio.
Os indígenas Kuntanawa subiram em grupo até as cabeceiras do Tejo. No entanto, tiveram que empurrar seus barcos devido ao baixo volume de água no local. Dessa forma, registraram em fotos a situação crítica de seca do rio.
Flávio e os outros Kuntanawa moram na região do rio Tejo. Segundo o grupo, há outros mananciais, como o Bagé, que também apresentam nível baixo de água.
Conforme Haru, durante o percurso, os moradores presenciaram crimes ambientais, como caça e retirada de madeira.
“Encontramos pessoas que tinham ido caçar e estavam voltando com os bichos e também a retirada de madeira”, contou o indígena.
Já o indigenista Antônio Macedo, que recentemente fez uma viagem ao alto rio Juruá e afluentes, diz que a situação de seca é alarmante.
“Todos os rios da alto bacia do Juruá estão muito secos, dado os efeitos das mudanças climáticas. A situação é alarmante porque ainda estamos no final do inverno Amazônico, quando ainda há chuvas e já está seco assim. Em setembro, no auge do verão, não sabemos qual será o cenário”, declarou.
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Foto: reprodução