Morreu nesta segunda-feira, 11, em Pistoia, na Itália, aos 81 anos, o teólogo Humberto Guidotti.
Nos últimos anos, ele enfrentava um quadro de doenças degenerativas.
Padre Humberto Guidotti, como era conhecido em Manaus, trabalhou no Amazonas mais de 30 anos.
Ele atuou em Iranduba na comunidade de Paricatuba, no Distrito de Cacau Pirêra e na igreja da Chapada, onde suas homilias eram acompanhadas por grande público.
Em Manaus, antes de ser transferido para o Maranhão, coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) da Arquidiocese de Manaus, foi um dos entusiastas da criação do Grito dos Excluídos no Brasil e um dos referenciais do combate à corrupção no estado.
Direitos humanos
No fim da década de 1980 e na década de 1990, foi a principal voz no Amazonas contra a ideia de que “bandido bom é bandido morto”.
Seu antagonismo à essa ideia foi forte durante a onda de desova que ocorriam em Manaus e que tinha o apoio das autoridades de segurança pública do Amazonas.
Entre os principais defensores dela estava Klinger Costa, secretário de segurança pública que tinha apoio de políticos e grande parte da parcela da população do estado.
Ele também foi forte defensor dos direitos humanos dos povos da Amazônia, assim como no Nordeste e na África (Moçambique, principalmente) onde atuou.
Profetas
Sobre o jornalismo, jornalistas e imprensa dizia: “vocês são os profetas de hoje. Têm a responsabilidade de acalmar os aflitos e incomodar os acomodados do/no poder”.
Portanto, foi um líder, um guia amorosamente firme e feito esperança em ação.
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