Moto Honda mantém paralisação da produção até fim de maio

Empresa destaca que a decisão prioriza a saúde e a segurança das pessoas e está alinhada às iniciativas para conter a disseminação do novo coronavírus

Publicado em: 14/05/2020 às 09:56 | Atualizado em: 14/05/2020 às 09:56

A Moto Honda da Amazônia anunciou na terça-feira (12) que vai manter a paralisação das atividades produtivas na fábrica em Manaus até 25 de maio.

O motivo é o crescente avanço da pandemia da covid-19.

Assim como a Honda, outras empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) mantiveram suas atividades paralisadas por conta da pandemia.

 

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Em nota, a empresa destaca que a decisão prioriza a saúde e a segurança das pessoas e está alinhada às iniciativas para conter a disseminação do novo coronavírus no município, que enfrenta sobrecarga no sistema de saúde.

A retomada da produção estava prevista para 18 de maio.

A operação será reiniciada gradualmente com adoção de novos protocolos que visam a garantir a saúde e segurança das pessoas.

A maior parte dos colaboradores segue com contrato de trabalho temporariamente suspenso, nos termos previstos na Medida Provisória 936/2020.

A Moto Honda afirma que reconhece a importância da retomada da produção para a continuidade da operação e de sua ampla cadeia, composta por cerca de 130 fornecedores diretos, centenas de prestadores de serviços e mais de 1.200 pontos de vendas.

Nesse contexto, a empresa está, a cada momento, revisando as suas ações visando a conciliar a segurança e saúde das pessoas com a sustentabilidade dos negócios.

Indústria brasileira retraiu

 

Sondagem especial feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 91% da indústria brasileira relatam impactos negativos por causa da pandemia da covid-19.

Três quartos (76%) das empresas industriais reduziram ou paralisaram a produção.

Três de cada quatro empresas, novamente 76% dos entrevistados, apontaram queda da demanda por seus produtos, metade desses (38%) observou que a queda foi “intensa”.

Os setores que descreveram a diminuição da demanda foram de vestuário (82%), calçados (79%), móveis (76%), impressão e reprodução (65%) e a indústria têxtil (60%).

Dentre os empresários, 45% reclamaram de inadimplência dos clientes e 44% informaram ter tido encomendas e pedidos cancelados.

Além de queda da demanda, 77% dos empresários identificaram que houve diminuição da oferta de matérias primas e de insumos para a produção – por causa da desorganização da estrutura logística, o sistema de transporte em especial, – o que dificultou acesso a insumos ou matérias primas necessários à produção.

Quase a totalidade dos empresários entrevistados (95%) afirmou ter adotado medidas em relação aos empregados desde campanhas de prevenção, medidas de higiene e afastamento de empregados de grupos de risco ou que apresentaram sintomas.

Metade das empresas deu férias para parte dos empregados, 36% fizeram uso do banco de horas, 19% reduziram a jornada de trabalho, 16% iniciaram férias coletivas, 15% dispensaram os trabalhadores e 8% suspenderam temporariamente os contratos de trabalho.

 

Foto: Divulgação/Honda