O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta quinta-feira (25) que a atuação de centenas de garimpeiros em balsas ilegais no Rio Madeira pode ter o apoio de membros do tráfico de drogas.
Segundo o vice-presidente, o interesse do narcotráfico em explorar as rotas fluviais da Amazônia passa não apenas pelo transporte de drogas, mas também pelo comércio de ouro.
“Nós temos tido vários informes de que o narcotráfico, essas quadrilhas, na ordem de proteger suas rotas, subiram para lá. Uma das formas de se manterem é apoiando ações dessa natureza (garimpo). Até porque, se o ouro é extraído ilegalmente, é um ativo que eles podem trocar por droga”, afirmou Mourão.
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De acordo com o vice-presidente, a Polícia Federal, a Marinha e o Ibama já estão se preparando para agir.
“A Marinha tem que verificar quem tem embarcação legal. O pessoal que está na ilegalidade vai ter a embarcação apreendida”, disse.
Natural da cidade de Humaitá (AM), município cortado pelo Rio Madeira, Mourão reconheceu que, há décadas, há aglomeração de balsas de garimpo ilegal na região.
“Isso ocorre todos os anos. Normalmente, eles ficam ali na região de Humaitá. Esse ano deve ter aparecido ouro mais para cima, lá perto de Autazes. E eles se concentraram lá”, comentou.
A PF não dá detalhes sobre a operação, mas o Estadão apurou que um grande contingente de agentes envolvendo policiais, agentes do Ibama e das Forças Armadas foi destacado, dada a dimensão do problema e os riscos de reações violentas.
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Foto: Romério Cunha/VPR