Mourão pede que os moradores da Amazônia evitem as queimadas

A conscientização da importância da sustentabilidade para os povos da Amazônia também é parte estratégica da abordagem adotada pelo governo

Mourão pede que os moradores da Amazônia evitem as queimadas

Diamantino Junior

Publicado em: 03/09/2020 às 06:51 | Atualizado em: 03/09/2020 às 06:51

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, falou sobre os desafios de atrair investimentos para a Amazônia.

El também falou das metas do governo para a gestão ambiental.

Mourão comanda o Conselho Nacional da Amazônia Legal.

A declaração foi dada em visita à Rádio Nacional FM na noite desta quarta-feira (02).

Para ele não há como dissociar q “bioeconomia” da meta de sustentabilidade para as atividades econômicas dos povos amazônicos.

“É importante entender que o tema sustentabilidade faz parte do modo de vida do século 21. As principais empresas querem investir dentro da agenda ambiental, social e de governança. Temos 66% da nossa cobertura vegetal intacta, 84% no caso da Amazônia. Temos que nos apresentar para investidores, brasileiros ou internacionais, como um parceiro que respeita a legislação ambiental”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.

 

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Modernização de técnicas

 

Segundo Mourão, a visão do governo para a bioeconomia é moderna.

Tem foco social e tem como pilar o conceito de governança.

O governo incentiva a interação entre diversos atores sociais, políticos e econômicos.

A união força a discussão e o planejamento de ações coletivas o meio ambiente.

Essa união gera normas e cria instituições sociais.

Mourão acredita que parte da solução para uma atividade econômica sadia na Amazônia seja a assistência técnica rural, com educação adequada e tecnologicamente avançada.

A conscientização da importância da sustentabilidade para os povos locais também é parte estratégica da abordagem adotada pelo governo.

O vice-presidente considera que as mais de 500 mil famílias assentadas em território amazônico devem receber a titularidade das terras que ocupam.

O processo se arrasta desde a década de 70.

A gestão atual imprimiu agilidade na regularização.

O vice-presidente citou o caso da técnica que usa queimadas de vegetação para preparação do solo, o que considerou uma forma ultrapassada e desinformada de lidar com o meio ambiente.

“Nossa campanha é ‘diga sim à vida e não à queimada’. Esse tipo de preparação da terra [com queimadas] é arcaico e não tem mais espaço no mundo em que vivemos. Com a titularidade das terras, as famílias terão acesso a assistência técnica rural que dará a capacidade de tratar melhor a terra”, declarou.

“O que quero dizer para todos é: vamos evitar as queimadas. Peço essa conscientização a todos os moradores da Amazônia”, destacou Mourão.

 

Fundo Amazônia

 

Hamilton Mourão informou que o dinheiro retido no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) referente ao Fundo Amazônia deverá ser uma importante fonte de recursos para o processo de modernização da região.

Segundo ele, os recursos serão investidos em projetos relacionados à bioeconomia.

“Iniciamos a conversa com os dois principais doadores: Alemanha e Noruega. Eles aguardam os resultados da operação Verde Brasil II, que começa a mostrar uma tendência de queda no desmatamento e nas queimadas. A partir disso, conseguiremos desbloquear recursos parados no BNDES e conseguiremos apoiar projetos voltados para o desenvolvimento da Amazônia”, informou o vice-presidente.

 

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil