MP-AM bloqueia bens de advogados suspeitos de abusar de vulneráveis
Operação cumpriu 21 mandados judiciais contra advogados que enganaram idosos, analfabetos e outros

Publicado em: 30/07/2024 às 19:40 | Atualizado em: 30/07/2024 às 23:49
Uma operação do Ministério Público do Amazonas, realizada nesta terça-feira (30), que apura crimes praticados no exercício da advocacia, resultou no bloqueio de bens de advogados do estado.
Ao todo, foram cumpridos 21 mandados judiciais, sendo seis de busca pessoal e 15 de busca domiciliar, em Manaus e Manacapuru.
As medidas foram determinadas pela Justiça em Manacapuru, a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e visam ajudar na investigação que apura falsidades em procurações advocatícias, apropriações indébitas de valores decorrentes de alvarás judiciais e outros delitos que são imputados a advogados contra pessoas em situação de vulnerabilidade, como idosos, analfabetos ou de pouca instrução e hipossuficientes.
Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Inteligência, Investigação e de Combate ao Crime Organizado (Caocrimo) e do Gaeco, o promotor de Justiça Igor Starling, enfatizou que não se confunda a atuação desviada de alguns profissionais com a quase totalidade da classe.
“Até mesmo outros advogados vieram nos procurar reclamando de tal situação, denunciando e questionando acerca da atuação. Antes dessa operação, foram realizadas algumas reuniões com a participação de lideranças da OAB, do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) e do Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado (Caocrimo), do MP, então posso dizer que se trata de uma operação deflagrada com muito cuidado, com a ciência e o apoio de várias instituições, com o objetivo de apurar crimes”, explicou.
As investigações terão prosseguimento com a análise do material apreendido, etapa que contará com a participação da Comissão de Prerrogativas da OAB.
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Foto: Ulisses Farias/MP-AM