Mudança na cor do rio Tapajós é investigada pela PF e ICMBio

Águas do rio Tapajós em Alter do Chão, uma região conhecida mundialmente como Caribe Amazônico, ganharam uma cor barrenta

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 23/01/2022 às 10:46 | Atualizado em: 23/01/2022 às 10:48

A mudança na cor do Rio Tapajós, numa região conhecida como o Caribe Amazônico, é investigada pela Polícia Federal (PF) e o Instituto Chico Mendes (ICMBio).

De acordo com reportagem do Jornal Nacional, divulgada pelo g1, na Floresta Nacional do Tapajós, os ribeirinhos já não podem mais usar a água.

“Não está normal, está com gosto de barro”, relata Luiz Paz, liderança comunitária.

Do mesmo modo, na quarta-feira, o Jornal Nacional mostrou que as águas do Rio Tapajós em Alter do Chão, uma região conhecida mundialmente como Caribe Amazônico, ganharam uma cor barrenta.

Por isso, essa situação mobilizou órgãos ambientais.

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Garimpos ilegais

Dessa maneira, cientistas e moradores suspeitam da atividade de garimpos ilegais, que ficam a cerca de 300 quilômetros do local.

Ou seja, despejam, por ano, 7 milhões de toneladas de rejeitos no Rio Tapajós, segundo a Polícia Federal.

Então, o Instituto Chico Mendes está coletando água e sedimentos do fundo do rio. Os pesquisadores querem saber se o que está chegando à região de Alter do Chão são metais pesados como o mercúrio.

Sobretudo, o primeiro trecho analisado fica entre os municípios de Itaituba e Santarém.

“A gente não consegue identificar se realmente é um fenômeno natural ou impulsionado pela mineração, atividade de mineração ilegal. […] Através da análise posterior desse material a gente começa s identificar, comparando com dados de anos anteriores, se realmente está havendo mudanças estruturais na qualidade física, química e biológica da água”, destaca Maurício Santamaria – ICMBio.

Além disso, a Universidade Federal do Oeste do Pará já identificou que moradores de Santarém estão com níveis de mercúrio no sangue.

Isso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A contaminação estaria acontecendo por meio do consumo do peixe.

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Fotos: Reprodução/vídeo