Mulher que não estuda nem trabalha é maioria entre 5,4 milhões de jovens
"Há muita dificuldade de as mulheres entrarem no mercado de trabalho, em especial, mulheres jovens."

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 29/05/2024 às 11:16 | Atualizado em: 29/05/2024 às 11:16
Nos primeiros meses deste ano, os jovens entre 14 e 24 que não estudam e nem trabalham somam 5,4 milhões, cuja maioria de 60% são mulheres.
O levantamento foi feito pela Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego.
Conforme a Agência Brasil, os dados foram divulgados durante o evento Empregabilidade Jovem, promovido pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) na segunda-feira (27), em São Paulo.
Dessa forma, a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, destacou esse crescimento, que atinge, principalmente, as mulheres.
Há muita dificuldade de as mulheres entrarem no mercado de trabalho, em especial, mulheres jovens. Por outro lado, há esse apelo para que as jovens busquem alguma outra forma de ajudar a sociedade, que é ter filhos mais jovens, além de um certo conservadorismo entre os jovens que acham que só o marido trabalhando seria suficiente”, disse,
Ao mesmo tempo, a subsecretária acrescentou que isso faz com que elas entrem mais tarde no mercado de trabalho. Além disso, com menos qualificação, tenham mais dificuldade em conseguir emprego de melhor remuneração salarial.
Leia mais
STF anula leis de estados que tiravam vagas de mulheres em concursos da PM
Amazonas: alunos de Ceti visitam associação de mulheres
Ocupação e desocupação
Então, cerca de 17% da população brasileira é formada por jovens entre 14 e 24 anos, que somam 34 milhões de pessoas. Desse total, 14 milhões de jovens tinham uma ocupação no primeiro trimestre deste ano.
Dentre os jovens ocupados, 45% estavam na informalidade, o que corresponde a 6,3 milhões de indivíduos.
Dessa maneira, essa porcentagem, segundo Paula Montagner, é maior do que a média nacional, atualmente em 40%.
A informalidade tem a ver com o fato dos jovens trabalharem predominantemente em micro e pequenas empresas. Jovens que vão muito cedo para o mercado de trabalho e não vão na condição de aprendizes; na maioria das vezes não têm uma situação de contratação formalizada. Quase sempre eles estão trabalhando como assalariados, sem carteira de trabalho assinada, porque o empregador, por vezes, fica na dúvida se o jovem vai, de fato, desempenhar corretamente as funções, se ele vai gostar do emprego ou não. Então, eles esperam um tempo um pouquinho maior para formalizá-los, explicou.
Sendo assim, já os jovens que só estudam somam 11,6 milhões de pessoas e o número de desocupados nessa faixa etária chegou a 3,2 milhões em 2024.
Leia mais em Agência Brasil.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil