A nefasta conta do tribunal do crime nos presídios só aumenta

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 08/04/2017 às 15:45 | Atualizado em: 08/04/2017 às 15:45

Aumentou a conta do sistema de segurança pública do Amazonas, incluídas aí as secretarias de Segurança Pública (SSP) e de Administração Penitenciária (Seap), em investigar e dar uma resposta à sociedade sobre as mortes de seis detentos custodiados pelo Estado na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), em Manaus.

Que é desejável por todos o fim da superlotação nos presídios, isso é verdade, mas não por esse caminho do extermínio entre presos. Causa intranquilidade, enluta famílias e ainda dá a sensação de que os criminosos cada vez mais mandam no sistema prisional.

Vem à lembrança frase de autoridade da segurança pública: “Se os presos quiserem se matar, vão se matar”.

E com a facilidade que eles têm de colocar armas para dentro das celas, a impressão que fica é que vão repetir essas barbaridades a hora que bem entenderem. O sistema não vai impedi-los. Em revista feita após os crimes desta sexta, dia 7, nenhuma arma branca foi encontrada. Nem as que foram usadas para decapitar uma das vítimas, como aparecem nos filmes feitos pelos próprios assassinos, usando celular. Outro objeto proibido para detentos.

O Puraquequara tem vaga para 626. Tem mais que o dobro desse número.

 

Foto: Reprodução/TV