O que teria mesmo matado botos no Amazonas?
Temperatura da água e contaminação são hipóteses em estudo por cientistas

Mariane Veiga
Publicado em: 13/10/2023 às 20:00 | Atualizado em: 13/10/2023 às 21:52
Os cientistas do Instituto Mamirauá, na região do município de Tefé, no Amazonas, tentam descobrir o que pode ter ocasionado, desde o último 23 de setembro, as mortes de mais de 141 botos no Lago Tefé durante a atual estiagem no estado.
No momento eles trabalham, principalmente, com 2 hipóteses: a primeira é sobre a temperatura da água, que chegou nas últimas semanas a 39ºC. Logo, o calor pode ter provocado as mortes.
A segunda é sobre a formação de algas encontradas durante as buscas que nunca tinham sido vistas. Os pesquisadores analisam se as algas estariam liberando toxinas que poderiam também causar as mortes dos animais.
Por fim, a terceira hipótese é a combinação desses dois fatores, ou seja, a alta temperatura da água e possível contaminação dela.
Leia mais
Mortandade de botos no Amazonas comove mídia nacional
No momento, os estudiosos têm mais perguntas do que respostas.
Os cientistas tentam descobrir: O que ocasionou as mortes? Há contaminação da água? O calor foi um fator decisivo? Por que os botos-cor-de-rosa foram os mais atingidos? Por que os animais não deixaram o lago? Houve alteração neurológica? As algas que aparecem no lago têm alguma relação? Qual o motivo do aquecimento do rio?
A necessidade de encontrar respostas pesa a cada dia. Isso porque, sem as explicações, fica muito difícil determinar as medidas de prevenção e controle para sobrevivência dos animais.
Além da dificuldade de avaliar quando e de que forma o fenômeno pode ocorrer novamente na região.
Leia mais em Segundo a Segundo.
Foto: Miguel Monteiro/Instituto Mamirauá