OAB reclama por não ter sido chamada sobre inquérito do Compaj

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 01/09/2017 às 19:06 | Atualizado em: 01/09/2017 às 19:20
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM), Marco Aurélio Choy (foto), lamentou nesta sexta, dia 1º, a entidade não ter sido informada e nem chamada pelo sistema de segurança pública do estado para participar da divulgação do relatório que apurou o assassinato de 56 presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no dia 1º de janeiro deste ano.
Choy disse que a ordem foi autora de várias ações na Justiça contra o estado pedindo punição aos responsáveis e cobrando informações sobre o controle prisional.
“Lamento que a ordem, como uma instituição que acompanhou o processo da rebelião no Compaj, não tenha sido convidada para estar presente no momento da explanação da conclusão deste inquérito”, afirmou.
Choy afirmou ainda que a OAB está à disposição para a notificação oficial dos resultados e para que a instituição se posicione. O inquérito finalizado na parte policial agora segue para a Justiça.
O Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos e membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB, Glen Wildes, também reclamou, mas do resultado do inquérito.
Segundo ele, “é muito justo indiciar os que cometeram os assassinatos, porém essas autoridades [que tinham conhecimento da grave situação dentro do presídio] também devem ser responsabilizadas pela negligência e omissão cometidas”, disse.
Sobre o massacre
A chacina é considerada a maior chacina da história do país ocorrida entre presidiários.
Segundo o inquérito da Polícia Civil, divulgado hoje, 210 detentos participaram do massacre.
O inquérito que começou no dia 9 de janeiro tem mais de 2,6 mil páginas, entre oitivas, imagens, áudios, laudos de necropsia e DNA feito nos corpos.
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Foto: Divulgação/OAB