Operação do MP prende 9 policiais de milícia no Amazonas

Grupo criminoso de servidores públicos realizava sequestros e extorsões

Ana de Oliveira, do BNC Amazonas

Publicado em: 29/07/2025 às 15:22 | Atualizado em: 29/07/2025 às 15:28

A operação Militia, deflagrada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) nesta terça-feira (29 de julho), resultou na prisão de nove policiais militares e civil do Amazonas.

Para o órgão, os agentes da segurança pública do estado são suspeitos de integrar grupo criminoso de milícia que, entre outros crimes, realizava extorsões e sequestros.

Em relação às repercussões para os policiais presos, o comandante geral da PM, coronel Klinger Paiva, afirma que a demissão é uma possibilidade:

“Eles podem ser demitidos. Seja pelo processo judicial, seja nos procedimentos administrativos disciplinares”.

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Perfil das vítimas

As investigações mostraram que o grupo criminoso escolhia suas vítimas com base em um perfil específico.

“Eles buscam atingir indivíduos que acreditam ter alguma ligação com atividades criminosas ou cujos familiares estejam envolvidos nas atividades”, disse o promotor de controle de externo da atividade policial, Armando Gurgel.

O modus operandi da milicia incluía ações extorsivas, onde quantias elevadas de dinheiro e bens eram subtraídos. Os valores chegam à R$ 300 mil.

Além de dinheiro, bens como armas de fogo, jóias de ouro, relógio e anéis foram levados.

A milícia utiliza estratégias como simulação de operações policiais ou falsas negociações para abordar as vítimas.

Além disso, fotos das vítimas eram enviadas a parentes para exigir resgates que chegam à R$ 20 mil.

Operação Militia

Cerca de 150 policiais foram envolvidos na operação, que contou com o apoio do Ministério Público, da Polícia Militar (PM) e da Polícia Civil (PC).

A Polícia Militar reforça que os policiais detidos “não representam os mais de 8.500 agentes policiais que estão na rua, que têm um compromisso com a sociedade, de proteger e servir”.

Até o momento, oito prisões preventivas foram realizadas, além de um mandado de prisão temporária que envolve policiais militares da ativa e um policial civil.

Fotos: BNC Amazonas