Operação Mercúrio da PF investiga exploração ilegal de ouro na Amazônia

O lucro líquido do principal investigado em decorrência da extração ilegal de ouro era de pelo menos R$ 300 mil por mês.

Operação da PF investiga exploração ilegal de ouro na Amazônia

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 05/04/2022 às 18:39 | Atualizado em: 05/04/2022 às 18:44

Uma ação da Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (5) a Operação Mercúrio, que investiga a exploração ilegal de ouro na Amazônia, cuja comercialização ocorre nos estados do Tocantins, Pará, Minas Gerais e São Paulo.

Conforme a PF, aproximadamente 30 policiais federais dão cumprimento a 6 mandados de busca e apreensão nas cidades de Araguaína (TO), Tucumã (PA).

Assim como em Uberlândia (MG) e São José do Rio Preto (SP), expedidos pela Justiça Federal em Araguaína (TO). Com isso, uma pessoa foi presa por porte ilegal de arma de fogo.

A princípio, as investigações tiveram início no ano de 2018 quando foi identificado indivíduo residente em Araguaína (TO).

Ele era o responsável por extrair ilegalmente ouro, sem autorização legal da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Dessa forma, a extração do ouro era feita em fazendas no estado do Pará, depois o produto era conduzido até a cidade de Araguaína.

Em seguida era armazenado e posteriormente levado para o Estado de São Paulo para comercialização em joalherias.

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Resultado

Ainda de acordo com a Polícia Federal, como resultado, as investigações comprovaram que o lucro líquido do principal investigado em decorrência da extração ilegal de ouro era de pelo menos R$ 300 mil por mês.

Da mesma forma, parte do proveito do crime era revertido em compras de diversas fazendas nos Estados do Tocantins e Pará.

Os investigados poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de extração ilegal de minério, usurpação de bens da união. Além de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas podem chegar a 24 anos de reclusão.

Portanto, o nome da operação, Mercúrio, faz alusão à substância que serve de ímã para grudar os pedaços menores de ouro. Isso torna-os mais visíveis e fáceis de serem separados, sendo utilizado em larga escala pelos garimpeiros ilegais.

Foto: Divulgação/Polícia Federal