Pazuello volta ao AM para tratar da crise com governador e prefeitos
Amazonas segue vivendo altos índices de contaminações e mortes pelo coronavírus. E a vacina enviada tá no fim

Publicado em: 12/02/2021 às 21:12 | Atualizado em: 12/02/2021 às 21:14
Por conta do aumento de 65% no número de mortes causadas pela covid-19 em Manaus, nos dez primeiros dias de fevereiro, em relação ao mesmo período de janeiro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, viajou para Manaus nesta sexta-feira (12), para se reunir com o governador Wilson Lima (PSC) e prefeitos das cidades mais atingidas.
Os 448 casos registrados nos primeiros dias de fevereiro torna ainda mais alarmante a crise sanitária da capital amazonense, visto que o mês anterior foi considerado o mais crítico de toda a pandemia do novo coronavírus no município até agora.
Foram registradas 2.604 óbitos causadas pelo patógeno na região, entre 1º e 31 de janeiro, 158% a mais do que todas as mortes constatadas entre agosto e dezembro do ano passado (1.038).
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Em todo o estado, 9.619 pessoas perderam a vida na pandemia, sendo 167 somente na última quinta-feira (11).
Especialistas acreditam que só a vacinação coletiva pode evitar uma terceira onda do Sars-CoV-2.
Nesta semana, ações judiciais cobraram os governos federal e estadual sobre a imunização.
Uma petição das Defensorias Públicas do Amazonas e da União exigiram uma vacinação em massa em Manaus e sete outros municípios.
Porém, a Advocacia-Geral da União (AGU) respondeu que o Ministério da Saúde (MS) seguirá o Plano Nacional de Imunização (PNI) e que favorecer moradores de uma determinada área é inconstitucional, principalmente durante uma pandemia que atinge todo o país.
A Justiça Federal obrigou o Amazonas e capital a adquirirem, em até 20 dias, vacinas suficientes para todos os grupos prioritários.
Até o momento, 179.150 doses de imunizantes foram aplicadas.
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Foto: Dhyeizo Lemos/Semcom