Amazônia: PF desconfia que são 20 corpos mutilados em barco à deriva

Barco foi encontrado à deriva no litoral de Bragança, cidade ao nordeste paraense.

Diamantino Junior

Publicado em: 15/04/2024 às 17:55 | Atualizado em: 15/04/2024 às 17:56

A Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação para determinar se os corpos encontrados dentro de um barco no litoral do Pará, no sábado (13/4), são de vítimas estrangeiras.

A suspeita inicial é de que não sejam brasileiros, e sim pessoas possivelmente oriundas do Caribe, mas a identificação precisa demanda um rigoroso trabalho de perícia.

Uma equipe de seis peritos, enviados de Brasília, juntamente com integrantes do Instituto Nacional de Criminalística (INC), está trabalhando no local desde o sábado.

Outros médicos foram mobilizados para reforçar a equipe no domingo (14/4).

O protocolo internacional de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), utilizado pela Interpol, está sendo aplicado para garantir a identificação precisa e digna das vítimas, além de permitir que suas famílias recebam os corpos para realizarem os ritos fúnebres adequados.

Os peritos estão realizando análises de DNA e confrontando os resultados com o banco nacional de perfis genéticos para determinar a identidade das vítimas e verificar se são brasileiras ou estrangeiras.

A descoberta dos corpos dentro do barco apresenta desafios adicionais devido às condições de decomposição e às mutilações.

A PF está trabalhando para reunir partes dos corpos e determinar o número exato de vítimas. As primeiras informações sugerem que podem ser até 20 pessoas mortas a bordo.

O barco foi encontrado à deriva no litoral de Bragança, cidade nordeste paraense, com relatos de pescadores sobre o estado avançado de decomposição dos corpos.

O Ministério Público Federal (MPF) também está envolvido no caso, com a abertura de duas investigações, uma na área criminal e outra na área cível, pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, visando a defesa dos direitos humanos.

Leia mais na CNN Brasil

Foto: reprodução