A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira (27/2), a Operação Cativos, com o objetivo de combater crimes de trabalho análogo à escravidão em um instituto de reabilitação de dependentes químicos, localizado em Itacoatiara, interior do Amazonas.
De acordo com a PF, os responsáveis pelo instituto estariam submetendo os internos a condições de higiene degradantes, falta de alimentação adequada e trabalho forçado.
Além disso, eles estariam explorando a imagem dos internos em transmissões ao vivo nas redes sociais, buscando engajamento e recursos financeiros de doadores.
Os investigadores informaram à GloboNews que o alvo principal da operação é um pastor que recebia os internos no instituto e os exibia em vídeos publicados em uma rede social.
O pastor identificado como Arison Aguiar pela Polícia Federal foi intimado a prestar depoimento sobre as práticas investigadas, após os policiais terem estado em sua residência pela manhã e depois seguirem para a sede feminina do instituto.
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Gabriella Campezatto, secretária executiva de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), afirmou que durante a operação foram verificadas as condições de moradia e habitação dos internos no local.
A ação envolve 25 policiais federais cumprindo três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da SJAM, em locais estratégicos identificados durante as investigações.
A Operação Cativos também conta com a participação do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), segundo informações da PF.
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Foto: divulgação PF