O deputado estadual Eduardo Suplicy, de 82 anos, foi agredido em protesto realizado por professores, estudantes e ativistas. Assim, eles foram repreendidos com truculência pela Polícia Militar.
O fato aconteceu nesta terça-feira (21) durante votação projeto da criação de escolas cívico-militares, que entrou em votação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Trata-se do projeto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e da extrema-direita. Como informa o DCM.
Dessa maneira, Suplicy, que foi atingido por spray de pimenta, comentou a truculência em uma publicação nas redes sociais.
“Tentei mediar o entendimento e foi surpreendido com spray de pimenta e paredão da Tropa de Choque da PM que desde cedo impede o acesso dos estudantes ao plenário. É lamentável essa postura de representantes da base governamental que são coniventes com a ação arbitrária do governo Tarcísio”, escreveu Suplicy no X, antigo Twitter.
De acordo com a publicação do DCM, a Alesp afirmou que a repressão começou durante o intervalo da sessão.
Na ocasião, os manifestantes foram reprimidos pela polícia com cassetetes por terem, supostamente, tentado invadir o plenário.
Dois alunos chegaram a ser imobilizados de forma violenta e arrastados para fora da Assembleia, enquanto um grupo que acompanhava a sessão pedia o fim da truculência policial.
Além disso, o deputado estadual Paulo Fiorilo, líder do Partido dos Trabalhadores, relatou que seis estudantes foram detidos e conduzidos ao posto da Polícia Civil da assembleia.
“Que vergonha deve ser bater em um estudante para comer”, disse um dos jovens detidos à imprensa.
Em suma, o projeto de lei, proposto pelo governador de São Paulo, visa permitir que escolas públicas estaduais e municipais do ensino fundamental, médio e educação profissional adotem o modelo cívico-militar.
Dessa forma, segundo o secretário da Educação, Renato Feder, o objetivo seria priorizar regiões com maior incidência de criminalidade.
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Foto: reprodução/X