Polo industrial da ZFM e UEA têm ideias para produção de respiradores
Os respiradores são os mais importantes para a manutenção da vida de pacientes graves da Covid-19, doença ocasionada pelo coronavírus

Ferreira Gabriel
Publicado em: 01/04/2020 às 13:40 | Atualizado em: 01/04/2020 às 13:40
A academia e o segmento industrial vêm contribuindo na busca por soluções para a produção de respiradores no Amazonas. A partir disso, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Serviço Nacional da Indústria (Senai) estão desenvolvendo protótipos do equipamento.
Os respiradores são os mais importantes para a manutenção da vida de pacientes graves da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Em reunião realizada, ontem, dia 31, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), os representantes da indústria e da universidade estadual apresentaram à Secretaria de Estado de Saúde (Susam) seus projetos de respiradores. O encontro contou com a presença do superintendente da Zona Franca de Manaus, coronel Alfredo Menezes. Bem como do vice-presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo.
Também foram apresentadas outras iniciativas para produção local de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Assim como mostraram outras soluções desenvolvidas ou em fase de desenvolvimento para o enfrentamento ao novo coronavírus no estado.
“Precisamos saber de que forma o Polo Industrial de Manaus (PIM) pode nos ajudar, que empresas podem produzir em suas plantas respiradores, máscaras e o que mais precisarmos para salvar vidas. Também queremos verificar com vocês qual a possibilidade de importação de produtos e peças e de doação de itens necessários”, assinalou o secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, apresentando uma longa lista de insumos.
Primeiramente, o item apresentado foi um protótipo de respirador pneumático. Sobretudo desenvolvido por técnicos da Escola de Mercado do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Ainda que não seja compatível com os usados nos hospitais, o equipamento poderá ajudar na manutenção da vida de um grande número de pacientes. Mas somente se for aprovado para produção em escala.
Do mesmo modo, o produto contou com apoio de médicos da rede estadual e privada de saúde. Este na parte de desenvolvimento e testagem. Além disso ele depende de material para a produção em escala. Sobretudo das licenças necessárias para produtos recém-desenvolvidos.
Iniciativa acadêmica
A UEA, em parceria com o Instituto Federal do Amazonas (Ifam), também trabalha no desenvolvimento de um respirador mecânico. Além da produção, a iniciativa da UEA é para a manutenção dos ventiladores da rede estadual de saúde que apresentam defeito.
O reitor da universidade, Cleinaldo Costa, apresentou ainda o kit de EPIs. Os materiais são, macacão, máscara, avental, propé e capuz. Todos já foram desenvolvidos para os profissionais de saúde. A iniciativa tem apoio de órgãos como o Ministério Público do Trabalho (MPT), entre outros parceiros.
Dessa forma, a universidade trabalha também com a capacitação de profissionais de toda a rede de saúde. Na segunda-feira, dia 30, a instituição iniciou um treinamento para ensinar médicos que não atuam em UTIs a entubar pacientes. A princípio, a ideia é que todo e qualquer profissional esteja preparado para fazer o procedimento. Este que garante suporte avançado de vida aos pacientes. O treinamento iniciou com médicos residentes e se estenderá a outros profissionais.
Foto: Divulgação/Secom
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