O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) acolheu pedido de quatro herdeiros do falecido empresário José Ferreira de Oliveira, o Passarão, e nomeou o filho mais velho e fundador do Grupo Chibatão, Jean Bergson Lacet de Oliveira, para ser o inventariante do espólio.
A decisão saiu na tarde deste domingo, dia 8.
Para afastar a viúva Erisvanha Ramos, os herdeiros comprovaram a dilapidação patrimonial da empresa. A gastança ocorre desde que Passarão morreu, em 16 de maio deste ano.
Casamento na Europa
A ação levou ao conhecimento da Justiça os detalhes do casamento de uma das filhas da viúva Erisvanha, a jovem Isabelle Oliveira.
Segundo os herdeiros, o casamento custou mais de 5 milhões de euros (R$ 27 milhões). O valor, segundo o processo, saiu do espólio.
Outra prova da dilapidação patrimonial foram as imagens de vários voos no avião Falcon, pertencente ao espólio, para levar e trazer os convidados do casamento milionário.
Auditoria
O novo inventariante informou que vai contratar uma auditoria independente para fazer uma avaliação de todo patrimônio. Ele promente não prejudicar os direitos dos herdeiros.
Intervenção
Diante disso, os herdeiros também querem anular a participação da viúva Erisvanha Ramos, como sócia majoritária das empresas do Grupo Chibatão. Para os herdeiros, o ingresso dela como sócia violou o direito da legítima. Isso porque todas as cotas societárias que pertenciam ao empresário foram adquiridas antes do casamento e com doação dos filhos. Mas, nesse caso, não houve comunicação para efeitos de meação.
Leia mais
Empresário ‘Passarão’, dono do porto Chibatão, morre em São Paulo
Familiares vão à Justiça para obrigar viúva a enterrar ‘Passarão’
Foto: reprodução