Potássio no Amazonas: mineradora já tem 21 licenças para exploração
O projeto de exploração de potássio em Autazes obteve novas licenças e avança para a fase final, mas enfrenta desafios jurídicos e riscos de judicialização.

Publicado em: 13/08/2024 às 20:28 | Atualizado em: 15/08/2024 às 14:10
O maior projeto de exploração de potássio do Brasil, localizado na mina de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus, no Amazonas, avançou significativamente em sua fase final de construção. Recentemente, o projeto obteve as últimas 21 licenças de instalação necessárias, incluindo autorizações ambientais únicas e permissão para captura, coleta e transporte de fauna silvestre. As licenças foram emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), permitindo a continuidade das obras de implantação do projeto.
A mina de Autazes, uma vez em operação, terá a capacidade de produzir cloreto de potássio, um fertilizante crucial para a agricultura.
Com uma produção estimada para atender 20% da demanda de fertilizantes do Brasil, o projeto é vital para reduzir a dependência do país de importações, que atualmente representam 95% dos insumos utilizados.
A iniciativa é liderada pela Potássio do Brasil, empresa que opera na região desde 2009, com 85% dos sócios estrangeiros oriundos do Reino Unido, Austrália e Canadá, e o restante, brasileiros.
Próximos passos e riscos
O próximo passo após a conclusão das obras será a obtenção da licença de operação, indispensável para o início da exploração.
Leia mais
Potássio do Brasil tem novas licenças para implantar projeto Autazes
Além da planta de beneficiamento, o projeto inclui a construção de uma rodovia e um porto, cada um exigindo processos de licenciamento específicos. A possibilidade de judicialização em todas as etapas aumenta a insegurança jurídica para os investidores, o que pode gerar novos atrasos no cronograma.
Leia na íntegra na coluna Painel S.A da Folha.
Foto: divulgação