A Polícia Federal (PF) realizou nesta quinta-feira (19/9) uma operação de busca e apreensão na casa do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), que concorre à reeleição. A ação faz parte de uma investigação sobre supostos desvios de recursos públicos em uma obra de urbanização na cidade, envolvendo um contrato de R$ 10,3 milhões. Além da residência do prefeito, a PF também cumpriu mandados na Secretaria Municipal de Obras (Semob) e na sede da prefeitura.
Investigação de fraude e propina
O foco da investigação é um contrato firmado para a urbanização, paisagismo e aterro hidráulico da rua Beira Rio, cujo valor foi repassado pelo governo federal.
Segundo a PF, há indícios de que servidores municipais teriam recebido propinas de até 20% do valor da obra. Inicialmente, o pagamento irregular era de 5%, mas, com o avanço da obra, esse percentual foi aumentado, totalizando mais de R$ 500 mil em vantagens indevidas.
Mandados de busca e possíveis penas
Ao todo, foram expedidos dez mandados de busca e apreensão pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A operação visa coletar provas sobre os crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, concussão e lavagem de dinheiro. As penas para os envolvidos podem ultrapassar 40 anos de prisão.
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Prefeitura não se manifestou
Até o momento, a Prefeitura de Macapá não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. O espaço segue aberto para manifestação.
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