Polícia Federal apreende R$ 100 mil com prefeito do Amazonas

De acordo com a Associação Amazonense de Municípios (AAM), Tapauá não tem agência bancária. Dessa forma, toda movimentação de dinheiro na cidade seria em espécie.

Diamantino Junior, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 09/05/2023 às 07:30 | Atualizado em: 09/05/2023 às 07:41

Agentes da Polícia Federal (PF), na tarde desta segunda (08/5), apreenderam R$ 100 mil, em espécie, em poder do prefeito de Tapauá, Gamaliel Almeida (PSC).

A apreensão ocorreu no Aeroclube de Manaus, em Flores, zona Centro-Sul.

Além do dinheiro, o celular do prefeito também foi apreendido. Ele mesmo chegou a ser detido pela polícia, mas logo foi liberado. E seguiu viagem.

Conforme a assessoria jurídica da Associação Amazonense de Municípios (AAM), a entidade representativa dos prefeitos está acompanhando o caso, o prefeito afirmou que o dinheiro não é verba pública. Portanto, teria como provar a sua origem.

De acordo com a AAM, Tapauá não tem agência bancária. Dessa forma, toda movimentação de dinheiro na cidade seria em espécie.

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É crime andar com dinheiro vivo?

A princípio, não, e nem é crime ou infração administrativa. Contudo, em episódio como esse que envolve o prefeito de Tapauá, não é comum alguém andar com R$ 100 mil em “dinheiro vivo”, além de não ser recomendável.

Diante disso, geralmente a polícia faz a apreensão do valor e a pessoa é ouvida em um inquérito.

O objetivo dessa medida é apurar a origem do dinheiro. Afinal, é comum os casos de lavagem de dinheiro e sonegação no Brasil, principalmente pelas organizações e facções criminosas.

Para viagem para fora do país, porém, a lei de câmbio e capitais (14.286/2021) elevou o limite de entrada e saída de dinheiro em espécie, sem declaração, de R$ 10 mil para US$ 10 mil. Isso é o que está vigorando desde o final do ano passado.

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