Agentes da Polícia Federal (PF), na tarde desta segunda (08/5), apreenderam R$ 100 mil, em espécie, em poder do prefeito de Tapauá, Gamaliel Almeida (PSC).
A apreensão ocorreu no Aeroclube de Manaus, em Flores, zona Centro-Sul.
Além do dinheiro, o celular do prefeito também foi apreendido. Ele mesmo chegou a ser detido pela polícia, mas logo foi liberado. E seguiu viagem.
Conforme a assessoria jurídica da Associação Amazonense de Municípios (AAM), a entidade representativa dos prefeitos está acompanhando o caso, o prefeito afirmou que o dinheiro não é verba pública. Portanto, teria como provar a sua origem.
De acordo com a AAM, Tapauá não tem agência bancária. Dessa forma, toda movimentação de dinheiro na cidade seria em espécie.
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É crime andar com dinheiro vivo?
A princípio, não, e nem é crime ou infração administrativa. Contudo, em episódio como esse que envolve o prefeito de Tapauá, não é comum alguém andar com R$ 100 mil em “dinheiro vivo”, além de não ser recomendável.
Diante disso, geralmente a polícia faz a apreensão do valor e a pessoa é ouvida em um inquérito.
O objetivo dessa medida é apurar a origem do dinheiro. Afinal, é comum os casos de lavagem de dinheiro e sonegação no Brasil, principalmente pelas organizações e facções criminosas.
Para viagem para fora do país, porém, a lei de câmbio e capitais (14.286/2021) elevou o limite de entrada e saída de dinheiro em espécie, sem declaração, de R$ 10 mil para US$ 10 mil. Isso é o que está vigorando desde o final do ano passado.
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