Prefeito de Nhamundá também retira ouro de terras indígenas

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 16/03/2017 às 12:54 | Atualizado em: 16/03/2017 às 12:54
A situação do prefeito de Nhamundá, Gledson Hadson Paulain Machado, o Nenê Machado (Pros), preso em flagrante nesta terça, dia 14, extraindo ilegalmente seixo em terras paraenses, no município de Faro, é mais grave do que se imagina.
A denúncia que provocou a operação da Polícia Federal, Ibama e outros órgãos, e que resultou na prisão do prefeito e apreensão de um arsenal de armas pesadas, além de equipamentos para extração mineral, acusa Nenê de estar explorando ouro em terras indígenas da região.
O prefeito era monitorado pela Polícia Federal e os equipamentos que eram utilizados por ele na suposta retirada das pedras para construção civil estavam sendo rastreados por satélite.
A informação foi dada na manhã desta quinta-feira, dia 16, pelo superintendente substituto do Ibama no Amazonas, Geandro Pantoja, em entrevista que concedeu à rádio Clube de Parintins, de onde partiu a operação do governo federal que atingiu o prefeito de Nhamundá.
Além dos crimes ambientais, Nenê Machado deverá responder por outros contra a administração pública.
Conforme apurou o BNC, consta do procedimento da Polícia Federal que a empresa de Nenê – que ele diz ser da mulher dele, embora assine documentos da firma – é a mesma que fornece material para a Prefeitura de Nhamundá, que comanda após ser reeleito em 2016.
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Foto: Reprodução/YouTube