Moradores de Nova Olinda do Norte, município a 135 quilômetros de Manaus, denunciam ao BNC Amazonas que a prefeitura realiza enterros em área verde contígua ao atual cemitério.
De acordo com eles, não haveria licença ambiental para essa expansão do cemitério diante do aumento dos sepultamentos durante a crise do coronavírus (covid-19).
São duas as principais preocupações manifestadas pela população nova-olindense. A primeira é quanto ao risco de contaminação aos moradores, uma vez que a expansão do cemitério é dentro de área urbana, à beira da principal via da cidade, a avenida Janary Nunes. Além disso, essa área faz cerca com residências do bairro, o Chicolândia.
A segunda preocupação é pela contaminação do lençol freático da água que abastece a cidade. Segundo eles, a prefeitura não realizou estudo prévio desse impacto ambiental. E como enterros já estariam ocorrendo nessa área, conforme os denunciantes, os moradores estão com receio de consumir a água.
Ainda de conformidade com eles, os fundos dessa expansão do cemitério são área alagadiça, de igarapé que foi sufocado na criação do bairro. Dessa maneira, no período chuvoso, fatalmente sepulturas serão alagadas no futuro.
Conforme o diário oficial do município, o prefeito sancionou lei aprovada pela câmara municipal autorizando a expansão do campo-santo. Só que essa lei surgiu em dezembro de 2019, portanto, quando ainda não havia as mortes causadas pelo vírus.
Dessa maneira, e pressionado pela população, vereadores devem recorrer ao Ministério Público para impedir o crime ambiental em Nova Olinda. Vão argumentar, entre outros pontos, que a prefeitura pode abrir novo cemitério em área afastada da região urbana.
Confira a lei do prefeito
Veja vídeo da população:
Foto: Reprodução/Vídeo
Leia mais
Coronavírus no AM: 22 mil infectados, 16,6 mil curados e 1,2 mil novos casos