Prefeito monta ‘operação de guerra’ para não faltar oxigênio em Autazes

Para o transporte da carga o prefeito acionou a parte fluvial da operação, a partir do porto da Ceasa, na BR-319, em Manaus

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Publicado em: 26/01/2021 às 20:39 | Atualizado em: 26/01/2021 às 20:42

Dois dias diretos em ação emergencial para não faltar oxigênio à rede de saúde de Autazes. Essa foi a “operação de guerra” por terra, água e ar comandada pelo prefeito Andreson Cavalcante (PSC) até o amanhecer desta terça (26).

Assim que foi informado no início da manhã do dia 25 que o oxigênio no hospital do município só dava para atender os pacientes até por volta de 11h, Cavalcante convocou sua tropa e caiu em campo.

“Foi uma correria. Consegui fretar um avião em Manaus e levar a Autazes dezesseis balas [cilindros] de oxigênio. À noite, por volta de 21h, chegou mais uma picape com dez balas”.

Para complementar a carga necessária para o pleno funcionamento do hospital, o prefeito acionou a parte fluvial da operação. Isso foi realizado, portanto, a partir do porto da Ceasa, na BR-319, em Manaus.

“Tínhamos duas picapes com quarenta balas de oxigênio para trazer de Manaus, na central de abastecimento do governo. Fretamos uma balsa na Ceasa por volta de 0h30 para uma hora e meia de travessia do rio. Depois, mais duas horas de estrada [BR-319] até uma nova balsa para chegar a Autazes”.

De acordo com Cavalcante, a operação foi concluída às 4h, com o oxigênio entregue no município que fica a 114 quilômetros de Manaus.

“No limite, porque nós só tínhamos oxigênio para até às 5h”, afirmou o prefeito.

Conforme explicou, esse é um exemplo da luta travada diariamente para suprir a necessidade do produto essencial para a sobrevivência dos pacientes, sobretudo de coronavírus (covid).

“Foi uma verdadeira engenharia de guerra pra não deixar faltar oxigênio e, graças a Deus, temos passado sufoco, mas não tem faltado”.

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Operação anterior

Na semana passada, Cavalcante foi buscar oxigênio em outro estado para abastecer o município.

Em Porto Velho, capital de Rondônia, ele adquiriu 70 cilindros do produto, com 10 metros cúbicos cada um.

“Todo dia é uma batalha, mas estamos conseguindo nos segurar até que finalmente chegue a vacina para imunização total da nossa população”.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Autazes