O setor de motocicletas da Zona Franca de Manaus (ZFM) teve em 2022 o melhor resultado dos últimos oito anos, desde 2014, portanto. A produção das fábricas do polo industrial foi de 1.413.222 unidades no ano passado, o que representou um crescimento de 18,2% diante de 2021.
O resultado foi divulgado neste dia 17 pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
Conforme os dados, há oito anos eram produzidas 1.517.662 motocicletas.
Para a Abraciclo, o resultado expressa a retomada de crescimento após a pandemia da covid-19 (coronavírus). Além disso, ficou muito próxima da projeção do setor, que era um crescimento de 18,8%.
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Norte emplaca mais A região Norte apresentou o maior crescimento porcentual no volume de licenciamentos em 2022. No ano passado, foram emplacadas 173.763 motocicletas, alta de 35% na comparação com 2021 (128.680 unidades).
Em números absolutos, a região Sudeste liderou o ranking de vendas no varejo. De janeiro a dezembro, foram licenciadas 521.157 motocicletas, o que corresponde a 38,3% de participação no mercado.
Em segundo lugar, ficou o Nordeste (405.233 unidades e 29,8% do mercado). Na sequência, vieram o Norte (173.763 motocicletas emplacadas e 12,8% do mercado), Sul (131.558 unidades e 9,7%) e Centro-Oeste (130.230 motocicletas e 9,6%).
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Colômbia, o melhor cliente As exportações totalizaram 55.338 unidades em 2022, o que corresponde a uma elevação de 3,5% na comparação com o ano anterior (53.476 motocicletas).
A projeção revisada era embarcar 59.000 unidades para o exterior.
De acordo com levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Colômbia foi o principal destino, com 15.686 unidades e 27,6% do volume exportado.
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Otimismo com o ano De acordo com as projeções da Abraciclo, o polo industrial de Manaus deve produzir 1,55 milhão de motocicletas neste ano.
Dessa forma, a expectativa é fechar 2023 com cerca de 10% a mais que o produzido em 2022.
O otimismo tem base no acompanhamento de mercado feito pela entidade. A produção vem aumentando para acompanhar a demanda de consumo, que está retomando a marcha de há três anos, antes da pandemia.
Além disso, a Abraciclo disse estar atenta aos movimentos do governo Lula na economia. Por enquanto, conforme a entidade, o cenário é de incertezas econômicas.
“Consequência da elevação dos custos globais de produção, da definição da política do novo governo, do andamento das reformas política e administrativa, do fator custo Brasil, entre outros”.
Foi o que afirmou o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. Ele também devia estar se referindo à reforma tributária, motivo de preocupação da indústria da ZFM diante de recentes declarações de ministros. Por exemplo, sobre o IPI (imposto de produtos industrializados).
Foto: Divulgação/Secom
