O polo da indústria do Amazonas, puxada pela Zona Franca de Manaus (ZFM), acompanhou em setembro a queda nacional de 1,8% na produção industrial, conforme divulgou hoje, dia 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda de setembro reflete resultados negativos em todas as quatro grandes categorias e em 16 dos 26 ramos industriais envolvidos na pesquisa. Influenciou bastante o resultado a queda nas exportações de veículos e o ambiente de incerteza política e econômica do país com as eleições gerais.
Essa retração frente a agosto foi a terceira consecutiva, acumulando queda de 2,7%.
Apesar do recuo, no ano a produção industrial brasileira ainda registra crescimento de 1,9%, assim como no resultado acumulado dos últimos 12 meses: 2,7%.
Nos dados de setembro, o Amazonas teve queda de -5,2%, se juntando a outros seis estados que sofreram retração. São eles São Paulo (-3,9%), Bahia (-3,3%), Paraná (-3,1%), Minas Gerais (-1,9%) e Santa Catarina (-1,8%).
A região Nordeste, que tem sua produção também calculada pelo IBGE, recuou 1,9%.
As principais altas foram observadas nos estados do Ceará (3,7%) e Pará (3,5%). Também tiveram alta os estados de Pernambuco (1,7%), Goiás (1,4%), Rio Grande do Sul (1,3%), Rio de Janeiro (1,0%), Espírito Santo (0,9%) e Mato Grosso (0,9%).
Setembro vem se constituindo como um mês ruim para a indústria do Amazonas, Na comparação desse mês com o de 2017, a produção do estado caiu -14,8%.
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Segundo o IBGE, a indústria do Amazonas é um dos líderes do país na produção acumulada do ano, com 7,8% de alta.
Há crescimento também em outros 11 dos 15 locais pesquisados. O Pará tem 9,8% e Pernambuco, 7,1%. Os três locais em queda são Goiás (-3,6%), Espírito Santo (-2,7%) e Minas Gerais (-1,6%).
Também no acumulado de 12 meses, a produção industrial da ZFM é das melhores. Tem 8,1%, atrás apenas do Pará, com 10,2%.
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Setores que mais influenciam na baixa
Entre as grandes categorias da indústria, em relação a agosto, o IBGE destacou o setor de bens de consumo duráveis que, ao recuar 5,5%, mostrou a queda mais acentuada em setembro, influenciada pela menor produção de automóveis.
Esse segmento manteve-se predominantemente em queda e acumulou perda de -6,4% desde julho.
Em seguida, vêm os setores de bens de capital, com recuo de 1,3%, bens intermediários (-1,0%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,7%) que, embora tenham caído entre agosto e setembro, anotaram quedas menos intensas do que a média nacional de – 1,8%.
Já entre os ramos industriais que fecharam negativamente, as influências mais relevantes foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,1%), máquinas e equipamentos (-10,3%) e bebidas (-9,6%).
Fonte: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil (arquivo)