Professora baleada defendia “livros como melhor arma do cidadĂ£o”

Publicado em: 13/03/2019 Ă s 18:16 | Atualizado em: 13/03/2019 Ă s 18:16
A professora Marilena Ferreira Umezu (foto) foi a primeira pessoa a ser baleada e morta na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhĂ£ desta quarta-feira (13). Era defensora dos “livros como melhor arma para salvar o cidadĂ£o”.
Os dois autores do massacre, um rapaz de 17 anos e outro de 25, eram ex-alunos da escola.
A professora sorriu ao revĂª-los cruzando o portĂ£o de entrada do colĂ©gio onde trabalhava hĂ¡ mais de 10 anos.
Eles responderam com tiros. As informações sĂ£o do G1, citando a BBC News Brasil.
SĂ£o estas as informações preliminares da Secretaria de Segurança PĂºblica de SĂ£o Paulo e de amigos de Marilena Umezu sobre o ataque ao colĂ©gio.
“Os portões estavam abertos e eles foram recebidos pela coordenadora. Eles entraram na escola, atiraram na coordenadora, depois numa segunda funcionaria e depois nos alunos”, disseram as autoridades de segurança paulistas em entrevista coletiva na tarde desta quarta.
O saldo do ataque, atĂ© a publicaĂ§Ă£o desta reportagem, Ă© de 10 mortos – incluindo os dois autores do massacre, que se suicidaram – e nove feridos, que foram levados para hospitais da regiĂ£o.
AlĂ©m destes, centenas de alunos, professores e pais estĂ£o em estado de choque e tentam entender o que aconteceu.
“A gente estĂ¡ abaladĂssima, e os alunos estĂ£o desesperados”, diz Ă BBC News Brasil a professora de portuguĂªs Elo Ferreira, que trabalhou durante uma dĂ©cada com Marilena.
“Ela nĂ£o era um alvo especĂfico. Era uma pessoa dedicada, querida e fazia tudo pelos alunos. Vivia a educaĂ§Ă£o com intensidade e era generosa, colaborava com coordenadores de outras escolas da cidade”, conta.
O choque tambĂ©m Ă© fruto das imagens do massacre, compartilhadas Ă exaustĂ£o em grupos no WhatsApp.
Segundo uma aluna, Marilena aparece cercada por uma poça de sangue em um dos vĂdeos mais compartilhados.
Foto: ReproduĂ§Ă£o/Facebook