Polícia Federal responde a críticas com investigações sobre queimadas

Um dia depois de receber críticas duras da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava), por reduzir as investigações de crimes ambientais e de direitos humanos, a Polícia Federal (PF) deu resposta com ações que vem realizando no pais.

Nesta terça-feira (27/8), a PF divulgou informações sobre os esforços que vem implementando no combate a crimes ambientais, especialmente os relacionados aos incêndios florestais, que têm devastado biomas como a Amazônia, Pantanal e outras regiões do país.

De acordo com a Polícia Federal, há 5.589 inquéritos sobre temas ambientais, sendo 32 diretamente relacionados a incêndios na Amazônia, Pantanal e no estado de São Paulo, iniciados entre os anos de 2023 e 2024.

Diz ainda que as investigações, feitas em parceria com os governos estaduais e outras forças policiais das regiões, são conduzidas com cautela e baseadas em evidências sólidas. Inclui o uso de imagens de satélite para monitorar focos de queimadas e determinar as causas.

Para reforçar essas investigações, foram criados grupos especiais de investigação que se dedicam exclusivamente aos inquéritos nos estados mais afetados, inclusive naqueles em que o funcionamento de aeroportos foi afetado.

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Próximos passos

Os próximos passos, de acordo com a PF, incluem o envio de peritos aos locais onde estão ocorrendo as queimadas e o uso de tecnologia avançada para identificar os pontos de origem dos incêndios.

“A Polícia Federal está empenhada em identificar não apenas os autores materiais, mas também os possíveis mandantes, buscando correlacionar esses crimes ambientais a outros delitos conexos, para que todos os envolvidos respondam por todos crimes praticados, garantindo assim a devida responsabilização”, afirma a direção da PF.

Perícias ambientais

Além disso, a Polícia Federal tem evoluído significativamente no campo das perícias ambientais. Atualmente, essas perícias não apenas avaliam o dano direto causado pelos incêndios e o custo de recuperação das áreas afetadas, mas também calculam os serviços ecossistêmicos que deixam de ser prestados ao meio ambiente devido à devastação.

As investigações estão sendo coordenadas pela nova Diretoria Amazônia e Meio Ambiente, estrutura criada para reforçar e priorizar a atuação da PF no combate aos crimes ambientais.

*Com informações da assessoria da Polícia Federal.

Foto: fotospúblicas