O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Júnior se manifestou nesta sexta-feira, 15, sobre o decreto 11.047/22, da redução do IPI de 25% na produção brasileira.
De acordo com o executivo, todas as medidas de fomento à reindustrialização são bem-vindas e a Eletros as apoiará sempre. Isso porque a redução do IPI é uma medida positiva, desde que tenha a exceção da redução para os produtos fabricados na Zona Franca de Manaus.
“Assim, é incompreensível a decisão do governo federal em ratificar, não excepcionalizar da redução das alíquotas do IPI, os produtos fabricados na ZFM com a publicação do Decreto 11.047/22”, diz Jorge Júnir.
Segundo o presidente da Eletros, ao reduzir o IPI dos produtos fabricados na ZFM a economia do país não tem qualquer ganho. Os investimentos e empregos dos brasileiros são ameaçados, os produtos não ficarão mais baratos já que na ZFM não se paga o IPI e o Polo Industrial de Manaus perde parte das suas vantagens comparativas.
“Neste momento em que o país necessita gerar mais empregos e atrair investimentos, vemos a produção brasileira do Polo Industrial de Manaus perder sua competitividade para os produtos importados gerando emprego fora do país. As empresas, então, deverão tomar as suas decisões agora. Em algumas semanas a teremos alguns reflexos disso”, avisou o executivo.
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Ação unilateral
O ex-titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e consultor tributário, Thomaz Nogueira, também se pronunciou publicamente sobre o decreto de prorrogação do IPI.
Segundo Thomaz, Bolsonaro age de forma unilateral e tapa os ouvidos aos argumentos técnicos vindos tanto do governo (estadual), que o apoia, quanto da bancada que o critica.
“Com este governo [federa] não há dados, evidências, racionalidade que construa um diálogo”, pontuou Nogueira em uma mensagem publicada nas redes sociais.
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