Rio Amazonas: seca chega ao Marajó matando búfalos e peixes

A seca também tem prejudicado o abastecimento de água potável para as comunidades ribeirinhas, que têm o agravante de serem afetadas pela água salgada do mar.

Ferreira Gabriel

Publicado em: 10/11/2023 às 19:25 | Atualizado em: 10/11/2023 às 19:25

A seca do Rio Amazonas, que atinge severamente a região de Santarém e cidades do Amazonas, começou a afetar o Arquipélago do Marajó.

Em Chaves, a baixa do nível dos rios tem causado morte de peixes, arraias, búfalos e prejudicado o abastecimento de água potável para as comunidades ribeirinhas, que têm o agravante de serem afetadas pela água salgada do mar.

Aulas já foram suspensas em algumas escolas e problemas de saúde são relatados. Por meio de decreto municipal, já homologado pela pelo Governo do Estado, o Município entrou em situação de emergência.

A redução das chuvas na região e a tendência de permanência da estiagem nos próximos dias causaram  e devem aumentar a redução do nível do Rio Amazonas, favorecendo o avanço das águas oceânicas sobre os braços e igarapés, o que afeta diretamente a reserva hidrológica local e torna a água salobra, ou seja, que apresenta mais sais dissolvidos (cloretos) que a água doce e menos que a água do mar.

De acordo com dados coletados pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Chaves, 900 famílias são afetadas pelo desastre. Moradores das regiões do Ganhoão, Arauá, Nascimento e Rio Mocoões são os que mais sofrem com a falta de água potável e acesso ao pescado para sua subsistência.

Em vídeos gravados por moradores é possível ver uma grande quantidade de peixes mortos e ribeirinhos retirando arraias mortas de onde seria o rio. E

m outra imagem, é possível ver um ribeirinho navegando numa rabeta num leito de rio que mais parece uma poça d’água e um búfalo morto no leito.

“Está morrendo muita arraia, muito peixe e nossa água está muito grossa. Não dá para a gente tomar água do rio. A gente está em uma situação precária aqui, não tem a ajuda de ninguém”, disse a moradora da região do Mocoões, Ray Silva.

Confira no vídeo:

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Foto: Reprodução