Os municípios amazonenses de Manacapuru e São Paulo de Olivença, ambos no rio Solimões, atingiram nesta quarta-feira (2) a cota mínima das secas historicamente registradas pelo serviço de monitoramento hidrometereológico da Defesa Civil do Amazonas.
O primeiro, distante a 103 quilômetros de Manaus, alcançou 2,64 metros, contra 2,82 metros registrados um dia antes, ou seja, está 18 centímetros abaixo do recorde histórico.
No caso de São Paulo de Olivença, localizado no alto Solimões, o nível é ainda mais crítico, pois a cota mínima de apenas 50 centímetros foi registrada no dia 15 de setembro.
Também no alto Solimões, o município de Santo Antônio do Içá atingiu nesta quarta-feira menos 1,91 metro ou 8 centímetros da cota histórica de menos 1,99 metro.
No baixo rio Amazonas, Parintins também está a 12 centímetros do recorde histórico, cota mínima de menos 2,17 metros registrada em 25 de outubro do ano passado.
No rio Negro, a pior situação é de Manaus, que registrou nesta quarta-feira a cota de 12,91 metros ou apenas 21 centímetros da cota mínima de 12,70 metros, alcançada em 26 de outubro de 2023.
Por causa dessa seca histórica no Amazonas, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu neste 2 de outubro a situação de emergência no município de Santa Isabel do Rio Negro.
Agora, a prefeitura está apta a solicitar recursos do governo federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.
Até o momento, o estado registra 47 reconhecimentos federais de situação de emergência vigentes, dos quais 44 por vazante dos rios, um por incêndio florestal, um por chuvas intensas e um por liberação de produtos químicos nos sistemas de água potável.
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Como solicitar recursos
Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao ministério recursos para ações de defesa civil.
A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.
Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados.
Com a aprovação, é publicada portaria no diário oficial da União com o valor a ser liberado.
Foto: Ronaldo Siqueira/especial para o BNC Amazonas