Os principais rios que movimentam a economia e a população do Amazonas, como o Negro, Solimões e Amazonas, têm mostrado sinais de recuperação com a volta das águas desde meados de novembro.
A enchente traz otimismo e perspectivas positivas para comunidades ribeirinhas, que pelo segundo ano seguido sofreram e tiveram altos prejuízos com vazantes históricas.
Neste momento, o igualmente importante rio que vem tendo recuperação mais lenta é o Madeira, mas na cabeceira já traz boa notícia.
Porto Velho, a capital de Rondônia, por exemplo, já liberou o porto para operações após dois meses fechado.
As grandes hidrelétricas do rio também já funcionam com pelo menos a metade de suas capacidades, depois que quase pararam devido à seca do Madeira.
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O rio Solimões, em Tabatinga, na fronteira com Colômbia e Peru, onde nasce, registrou aumento expressivo nas últimas semanas.
Em novembro, o nível passou de -0,81 metro, no dia 1º, para 3,31 metros no dia 30. Já em dezembro, o avanço foi ainda mais notável: nas últimas 24 horas, o Solimões subiu 15 centímetros, atingindo neste dia 4 a marca de 4,24 m.
Em Itacoatiara, o rio Amazonas também segue em elevação.
Desde ontem, o nível subiu 7 cm, alcançando a cota de 1,95 m, indicando tendência de boa enchente.
Na capital Manaus, o rio Negro acompanhou a movimentação dos outros rios.
De ontem para este dia 4, o nível subiu 8 cm, atingindo 14,57 m acima do nível do mar.
Esse aumento gradual anima ribeirinhos e comerciantes que dependem do rio para transporte e abastecimento.
O comportamento dos rios reforça o otimismo para o próximo período de cheia, pelo menos até maio de 2025.
Dessa forma, a expectativa é que os níveis continuem subindo, retomando o papel dos rios como as “estradas” que mantêm a vida e a economia do Amazonas pulsando.
Foto: divulgação