O Estado de Roraima ultrapassou o Pará e passou a ser a Unidade Federativa (UF) com mais áreas indígenas sob pressão de desmatamento e do garimpo ilegal no primeiro trimestre de 2022. É o que indica o estudo publicado nesta quarta-feira, 18, pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
De acordo com o levantamento do Imazon , do estudo “Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas”, Roraima possui em seu território cinco das dez áreas indígenas sob maior pressão entre janeiro e março de 2022.
A mudança de colocação no “ranking macabro”, entretanto, não significa que a situação no Pará melhorou. Ao contrário, indica que, enquanto a situação no Pará continua crítica, a sanha de devastação do bioma amazônico e os ataques contra os povos tradicionais estão avançando rapidamente sobre Roraima.
Prova disso é que o Pará ainda detém a primeira e a terceira posição no ranking de territórios protegidos mais ameaçados. As Terras Indígenas Cachoeira Seca do Iriri e Apyterewa são a primeira e a terceira colocadas, respectivamente, no ranking trágico das mais pressionadas entre janeiro e março.
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Amazonas no ranking
Na segunda posição dos territórios protegidos que mais sofreram ameaças de derrubada da floresta no primeiro trimestre deste ano, encontra-se a Terra Indígena Waimiri Atroari, localizada entre os Estados de Roraima e Amazonas.
Outras terras indígenas localizadas no Amazonas que constam no ranking do primeiro trimestre de 2022 são a Terra Indígena Alto Rio Negro, que ficou na quarta posição, e a Terra Indígena Médio Rio Negro, na sétima posição.
Outras terras ameaçadas em Roraima
Além do segundo lugar no tétrico ranking, ocupado pela Terra Indígena Waimiri Atroari, Roraima ainda abriga quatro terras indígenas entre as dez mais ameaçadas: Manoá/Pium, Moskow, Raposa Serra do Sol e São Marcos. Nelas, vivem cinco povos diferentes: Ingarikó, Macuxi, Patamona, Taurepang e Wapichana.
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Foto: Felipe Werneck/Ibama