Roraima registrou recorde de queimadas no país em quatro meses desde 1999. Lá, os focos mais que triplicaram de um ano pra outro (4.609, em 2024, e 1.203, em 2023).
É o maior número de incêndios no Brasil desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe ) começou o monitoramento, em 1999. O recorde anterior tinha sido em 2023.
Já Mato Grosso teve o dobro de incêndios neste começo de ano (4.131, em 2024, e 1.975, em 2023).
Como resultado, nos primeiros quatro meses do ano, foram 17.182 queimadas registradas pelos satélites em todo o país, 81% a mais que no mesmo período do ano passado (9.473).
Conforme publicação do g1, os pesquisadores dizem que a influência do fenômeno El niño, que aquece as águas do Pacífico e reduz a quantidade de chuva no continente, é uma das explicações para o aumento no número de queimadas.
Ainda segundo a informação, além disso, esse recorde tem relação direta também com o desmatamento.
A partir do momento que tem a intensificação do desmatamento, nós temos uma intensificação do fogo também. O desmatamento do cerrado também ocorre de uma forma similar ao desmatamento que ocorre na Amazônia, que é o corte e a queima posterior , analisa o pesquisador de Observação de Queimadas e Geoinformática do Inpe, Luíz Aragão.
Enquanto isso, a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso disse que o estado adotou medidas para reforçar ações preventivas de controle, fiscalização e combate aos incêndios ilegais.
Nós já emitimos mais de quatro mil hectares em autos de infração, são mais de 50 autos de infração relacionados ao uso irregular do fogo nos três biomas do estado, além de apreender maquinário que estava sendo utilizado para o desmatamento e também uso irregular do fogo nessas áreas , afirma a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti.
Assim, a diretora do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas diz que é preciso um conjunto de ações para reduzir as queimadas.
“Aumentar sim a fiscalização, continuar reduzindo o desmatamento e também se valer de decretos como moratória do fogo nos períodos nos quais as atividades com fogo é maior”, alerta a pesquisadora Ane Alencar.
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Foto: Jader Souza/AL Roraima