Pode parecer que não, mas a Banda da Bica, de novo, vira alvo de polêmica. Para o seu Carnaval 2023, ela revolveu homenagear o Bar do Armando, sua casa, que neste ano completa 60 anos de existência.
Mas aí está a polêmica. A letra, embora mantenha sua veia irônica, passa distante das polêmicas que marcaram os 36 anos da banda mais famosa do Centro de Manaus.
Ela não satiriza nenhum pensonagem político ou fato político.
A Banda da Bica, por exemplo, já satirou os ex-governadores Amazonino Mendes, José Melo, Eduardo Braga e Omar Aziz. O ex-prefeito Arthur Neto virou Rei Arthur e Serafim Corrêa, fundador da Bica não escapou da inspiração dos compositores do evento.
No Carnaval 2013, os biqueiros atacaram a “farsa do ovo”, como ficou conhecida a agressão sofrida pela ex-senadora Vanessa Grazziotin, quando iniciava sua campanha à Prefeitura de Manaus, em 2012.
O expresso do ex-prefeito Alfredo Nascimento virou jumento numa das letras da Bica.
Letras eternas E, por falar em letras, os tradicionais letristas da confraria, este ano, não aparecem. Os jornalistas Deocleciano Bentes e Orlando Farias e o promotor Francisco Cruz preferiram ficar do céu olhando o que vai acontecer aqui embaixo.
Foram eles que, em vida, e no pós-morte compuseram as marchinhas.
O escritor e jornalista Mário Adolfo, que também faz parte da história das letras da Banda da Bica, deixou a confraria em 2019. A gestão bolsonarista do bar o fez se asfastar da festa.
Serafim Corrêa também não voltou mais lá, pelo mesmo motivo, após a morte do Armando Soares.
Novos poetas
Os antigos compositores foram sucedidos por Rui Machado, Edu do Banjo e David Almeida (jornalista). A composição deles leva em contra o tema 2023: “60 na BICA só não vai quem já morreu: é festa de santo,
Assim, compuseram “Sessenta na Bica”.
Ouça a música , acompanhando a letra“SESSENTA NA BICA”
Compositores: Rui Machado / Edu do Banjo / David Almeida Ai maninha se tu queres ser bonita
