A saída das Forças Armadas da fiscalização ambiental na Amazônia foi confirmada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, na manhã desta quarta-feira (10), o qual disse que agora terá que se “fazer mais com menos”.
O assunto foi abordado pelo Blog do Camaroti, que segundo o próprio vice-presidente, essa decisão, que será concretizada em abril, já estava prevista anteriormente.
Por outro lado, Mourão acrescentou que agora a fiscalização será feita pelas agências civis (Ibama e ICMBio), ligadas ao Ministério do Meio Ambiente.
“As ações irão prosseguir com ênfase nos trabalhos das agências civis e priorizando as regiões, onde após exaustivo trabalho de inteligência, as ilegalidades são menores”, disse Mourão ao blog.
Segundo Camaroti, há forte preocupação com o desmonte da fiscalização ambiental na Amazônia depois do distanciamento explícito do presidente Jair Bolsonaro do seu vice-presidente.
Falta de investimentos
Evidencia-se com a atitude do governo federal a não preocupação com a Amazônia.
“Em suma, vamos buscar fazer mais com menos. Lembro a nossa situação fiscal, pois o emprego das Forças Armadas requer crédito extraordinário. Caso necessário, elas estão prontas para continuar a agir”, acrescentou Mourão.
Ambientalistas
Há temor entre ambientalistas de que a volta do protagonismo do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , possa intensificar na região registros de desmatamentos e queimadas na Floresta Amazônica.
Além de uma flexibilização maior da fiscalização de garimpos ilegais em reservas indígenas.
Com informações do G1.
Foto: Ministério da Defesa/Secom