A pandemia do novo coronavírus impactou forte no sistema de transporte coletivo de Manaus que sente a redução de passageiros e, por conta disso, trabalhadores e empresários do setor definiram reduzir jornada de trabalho e salários em até 50%, privilegiando-se o sistema de escala com revezamento a cada sete dias.
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Além disso, foi acordada a manutenção do benefício do plano de saúde a todos os empregados.
As medidas terão vigência de até 90 dias, sendo automaticamente suspensas em caso de retorno à normalidade na prestação do serviço público de transporte coletivo urbano em Manaus.
“O acordo concretiza os esforços das empresas de transporte coletivo em preservar a viabilidade do serviço essencial em questão, minimizando os impactos financeiros do cenário atual e mantendo os postos de trabalho”, destacou o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) Algacir Gurgacz.
Reunião
O acordo foi efetivado na última segunda-feira, 30, em reunião entre representantes do Sinetram, Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT-AM), representante da Prefeitura de Manaus, do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana de Manaus (IMMU) e do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Amazonas (STTRM), por videoconferência.
Queda de Passageiros
Devido às medidas adotadas para conter o avanço da pandemia, o número de passageiros do transporte coletivo em Manaus sofreu uma redução de aproximadamente 70%, passando de 620 mil para 200 mil passageiros/dia, segundo dados do Sinetram.
Prefeitura participa de acordo
A Prefeitura de Manaus, como poder concedente dos serviços de transportes públicos da capital, foi um dos intermediadores do acordo entre os sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Amazonas (STTRM), para manter os empregos e benefícios dos operários do sistema, diante da redução em 70% do volume de passageiros, ocasionada pelo fechamento do comércio local, em consequência da pandemia do novo coronavírus.
Foto: Karla Vieira /Arquivo Semcom