Salles pede a Guedes R$ 134 milhões para combater incêndios na Amazônia
O ministro Ricardo Salles já tinha falado da falta de verba. Em 28 de agosto, chegou a anunciar a paralisação de todas as atividades

Mariane Veiga
Publicado em: 11/09/2020 às 09:26 | Atualizado em: 11/09/2020 às 09:31
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu ao ministro Paulo Guedes (Economia) a liberação de R$ 134 milhões.
Conforme publicação do Poder, em ofício enviado na última quarta-feira (9), Salles disse que a verba será destinada ao combate às queimadas na Amazônia e no Pantanal.
Desse modo, Salles argumentou que sua pasta não tem recursos. Além Disso, apontou que existe risco de paralisação das medidas contra o desmatamento e fiscalização de unidades de conservação.
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Em junho, o ministro pediu reforço de R$ 230 milhões, contudo a Economia liberou apenas R$ 96 milhões. Com o pedido de agora, Salles quer garantir a totalidade do valor solicitado inicialmente.
“Essa situação, a falta de limite de pagamento, exporá este Ministério durante o período de maior incidência de queimadas, que vai dos meses de agosto a outubro, ou seja, na fase que demanda uma maior necessidade de limite financeiro para operacionalizar as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais”, escreveu Salles.
Portanto, o pedido de Salles será analisado pela Junta de Execução Orçamentária. Participam, além de Guedes, o ministro Braga Netto (Casa Civil) e técnicos do governo.
O ministro já tinha falado da falta de verba. Em 28 de agosto, chegou a anunciar a paralisação de todas as atividades.
Dessa forma, anunciou bloqueio de R$ 20,9 milhões do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e R$ 39,7 milhões do Instituto Chico Mendes (ICMBio).
No entanto, o vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia, foi à imprensa horas depois do anúncio de Salles negar que os cortes ocorreriam.
A temporada do fogo em 2020 no Amazonas pode ser uma das maiores desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) iniciou o monitoramento.
O governo do Estado do Amazonas afirmou que adota medidas para coibir a prática ilegal desde o último mês de junho, mas elas têm se mostrado ineficientes.
Na comparação com 2019, um dos piores anos de queimadas na região, o número de focos de calor registrados em julho aumentou 33%.
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Foto: BNC Amazonas