Satélites dos EUA apontam corredor de fumaça do Amazonas ao sul do país
A região sul do estado é acusada como geradora dessa fumaça de queimadas, que também atinge Manaus e Porto Velho
Mariane Veiga
Publicado em: 15/08/2024 às 20:12 | Atualizado em: 16/08/2024 às 08:47
A divisão de aerossóis da NOAA, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, em Washington, capital dos Estados Unidos, registrou nesta quinta-feira (15) um extenso e denso corredor de fumaça, resultante das queimadas que vêm se registrando nestes dias na Amazônia.
Segundo a agência climática norte-americana, que gerou imagens dos sensores ABI de aerossóis de profundidade ótica do satélite GOES-16, o corredor percorre milhares de quilômetros e abrange uma área que vai da região amazônica até o Rio Grande do Sul, passando pelos territórios da Bolívia, Paraguai e o nordeste da Argentina.
A origem principal da fumaça está no sul da região amazônica, em particular no sul do Amazonas, assim como na Bolívia, onde o número de queimadas tem sido bastante elevado neste mês de agosto, cobrindo de fumaça cidades como Manaus e Porto Velho.
Leia mais
Fumaça das queimadas sobre Manaus e sul do estado é vista do espaço
O corredor de fumaça é trazido para o sul por uma corrente de jato em baixos níveis, um corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude.
É justamente esse corredor de vento quente e seco que transporta a fumaça para o sul juntamente com o ar tropical que eleva a temperatura.
É o que fez a temperatura nesta quinta-feira atingir 28ºC em Campo Bom, na Grande Porto Alegre.
Leia mais em Metsul.
Foto: reprodução/redes sociais